quinta-feira, abril 27, 2006

What da....??

Isto há com cada uma! Com o crescente aumento dos preços dos combustíveis, têm vindo a surgir noticias sobre os veículos que supostamente gastam menos. Claro que para o português típico, este tipo de estatísticas são inúteis, pois o que importa é que o veículo que comprem seja maior e que ande mais que o do vizinho. O que me espanta mais, é como é que este tipo de estatísticas podem ser credíveis, se na suposta lista de carros que menos consomem gasolina existir dois carros a diesel. Como é possível haver um erro destes numa lista com 10 veículos de cada tipo.
Li a a noticia no jornal “Metro”, o qual já estava errado, e resolvi consultar o link que proponham (consultem número 3 e 4 da lista de carro a gasolina):
http://home.moonlight.pt/pdfs/581882957.pdf

terça-feira, abril 25, 2006

Sintra - Sintra

O percurso não será muito extenso: Sintra-Peninha, com algumas paragens por determinados pontos da serra só acessíveis por carta militar. Diz quem viu que as paisagens valem a pena e podem confiar no nosso guia, só em termos de orientação, claro! :)
Horário: 10h em ponto na estação de comboios de Sete Rios/Jardim Zoológico no café Sical, ou então às 11h na estação de Sintra. Ambos sem atrasos por respeito a quem chega a horas, nunca é demais de salientar.
Roupa: algo mais quentinho sobre algo mais fresco, pq a serra já se sabe como é. Ténis e nada de sapatos escorregadios ou que não possam sofrer beliscão. Parte do caminho é por alcatrão mas outra parte será por trilhos, com dto pó, possível lama ou tropeções. Não se preocupem com os trilhos pq não são escarpas, nem são perigosos!
Comida: levem água e o almoço não partilhado. Quem não levar almoço come à mesma pq na serra não contam as dietas. Por isso, escusam de se tentar escapar. :)
Levem máquina fotográfica, a indispensável boa disposição e... eu conto com vocês!!! A sério!
Por isso, confirmem a vossa ida/não ida até esta 6a. Quem não avisar é tido como "falta" e gostava que muitos fossem. É para nos divertirmos!


Obrigado Ana pelo texto :P

sexta-feira, abril 21, 2006

Sintra - Capuchos - Peninha - Malveira

Hoje foi um dia que começou quando o despertador tocou. Por esse motivo começou logo diferente. Mas pelo menos que não estava ensonado como ontem, bah!!
Mas o stress de me despachar para chegara a tempo aos sítios, disparou quando ouvi dizer que havia greve da Carris. Comecei a avaliar as alternativas e mentalmente arranjei um plano B para chegar a Lx. Felizmente que não foi preciso, e tudo correu como esperado.

Como sempre cheguei adiantado ao local combinado, sentei-me nas mesas de um quiosque de café que existe na estação de Seterios. Revolvi levantar-me e dar uma volta, quando encontrei quem eu estava à espera. Cumprimentos e sorrisos e lá fomos nós em direcção a Sintra.

A caminhada começou como acabou, com chuva molha parvos.
Primeiro objectivo, sacar toda a informação disponível no posto de turismo. O objectivo foi concretizado na perfeição, mas os resultados foram frustrantes. Tudo o que arranjei (folhetos) já tinha e continuou o mistério os caminhos marcados pela serra, do lado dos Capuchos e Peninha. Sobre o acesso à Cruz Alta (ponto mais alto da serra), também ficamos a saber que está vedado, inserido no parque do palácio da Pena. Querem usufruir do espaço, paga-se! Mais um pouco e paga-se para entrar na serra. Já na Peninha estão a fazer umas vedações estranhas. Vamos lá ver que vai sair dali!

O ponto alto do dia era percurso até à Barragem do Rio Mula, pois era navegação pura entre as dezenas de caminhos que existem. É obvio que me perdi. Deixei de saber onde estava no mapa, mas vá lá que sabia onde estava na serra. Quando cheguei a casa e vi os mapas e fotos, continuei a não saber onde tinha passado. Mas vá lá que a minha percepção do espaço é boa e acabamos por chegar lá, exactamente onde eu queria.
Seguimos em direcção aos Capuchos pelo rio Mula, seguindo o leito do rio pelo caminho maravilhoso meio escondido, que descrevi neste blog.

Nos Capuchos, a chuva que teimava em não abrandar fez-nos decidir ir só até à Peninha e depois descer até à Malveira da Serra para apanhar o autocarro até Cascais. O tempo estava tão mau, que nos pontos mais altos, a visibilidade era de 50 metros. Logo, onde era suposto ver-mos a bela paisagem que variava entre o palácio da Pena, Lisboa ou Cascais e Guincho, víamos branco, de modo a termos a sensação de o mundo acabar já ali.

A espera do autocarro na Malveira, fez-se na companhia de uma senhora muito simpática, que disse ser de Coimbra, com quem partilhamos a nossa experiência, riu-se connosco das parvoíces que íamos dizendo, veio despedir-se de nós antes de sair do autocarro.

quarta-feira, abril 19, 2006

Praia de Faro

Mais um belo exemplo que tenho para vos expor, e que ainda não percebi o objectivo. Esta foi uma passeira que construíram na praia de Faro para as pessoas se deslocarem por cima das dunas, e que veio substituir uma antiga que havia, feita de travessas do caminho-de-ferro, cortadas ao meio. Na 2° foto está o sítio da antiga passadeira, colocada nas traseiras das casas, quer aquelas que estão viradas para a ria quer para a costa.

Voltado atrás no tempo só para cultura geral, após o 25 de Abril, como aconteceu em muito sítios do país, as dunas encheram-se de casas ilegais. Na praia de Faro, existia uma situação particular. Até certo sitio, o terreno pertence à Câmara Municipal de Faro, a outra parte pertence ao domínio marítimo. Com as demolições de há mais de 10 anos, só parte das casas que eram de pescadores ficaram de pé. Na parte da câmara, onde se construíram os edifícios mais pesados e que fazem pior ás dunas, ficaram. Esta passadeira foi feita de modo a que as pessoas não circulem em cima das dunas, para a flora poder florescer, fixando-se assim melhor a areia das dunas. Passagens para a praia do lado do mar foram feitas.
Mas quando foi feito de novo, a passadeira elevada não foi construída por cima da outra, mas em f
rente das casas do lado da Ria. O problema é os pescadores que vivem na praia, não podem por as suas artes e os barcos ao pé de casa. Só vendo é que se percebe o problema. Outra coisa que aconteceu foi a necessidade de colocarem novos postes de iluminação e distribuição de electricidade. Com isto tudo, numa faixa de areia de 70 metros de largura existem três filas de postes (!). Dois de electricidade, um de telefone. Ora, eu só vejo uma situação parecida a esta nos típicos bairros degradados. Não era lógico que numa em plena reserva natural se minimiza-se a influência humana?

segunda-feira, abril 17, 2006

Vaticano e o Mundo Civilizado

Pois é, mais uma notícia fantástica do Vaticano. Sempre na politica do cada tipo cada melro, cada cavadela cada minhoca, a Igreja e Marques Mendes seguem na frente destacados a disputar a liderança. Quando se ouve uma notícia sobre eles, fica-se a perguntar porque não mudamos de canal mais cedo.
Fique-se a saber que Eles dizem que os fiéis devem deixar perder tempo com a Internet, Televisão e Jornais, vejam lá isto! Dizem que é pecado, minha gente! Realmente, a televisão não me importo de deixar de ver, pois fico sem ouvir este tipo de notícias, ainda que tenho pena de deixar de ver os Morangos com Açúcar (série que já ouvi fizer à más língua que era erótica), as notícias do mundo, o “Gato Fedorento”, o “Lost”, o “24” e todos aqueles programas fantásticos dos canais “Historia”, “Discovery”, “Nacional Geografic”, o trânsito na “SicNoticias”, e acho que é tudo.
A net? E depois onde ia postar as minhas opiniões a dizer mal da Igreja? O que íamos fazer afinal, para preencher o nosso tempo? Filhos? Aumentar a população mundial, para ver se chegamos aos 10 mil milhões? Sim, porque não podemos usar o preservativo, regras da Igreja, né? E com isso aumenta a miséria no mundo, porque deixa de haver comida para todos?
E jornais? Deixava de fazer o Sudoku do jornal “Destake” quando vou para Lx de autocarro, ou ler a banda desenhada do Sherman no jornal “Metro”.
E ir à missa não é pecado?? Ora vejamos. Hoje em dia a maior parte das pessoas vão à igreja de carro, porque são incapazes de andar a pé mais de um quilómetro (em minutos, 15 + ou -). Ora ao usar o carro, estamos a produzir CO2 e outros gases nocivos, que provocam o efeito de estufa (mas isso esperava que já soubessem, ai de vocês se não). Devido ao efeito estufa, sabem quantas espécies se extinguem por ano neste planeta? Isso não interessa para nada não é, pois é pecado se não morrerem...
A ideia Deles é encher tentar assim encher as igrejas. Mas pensemos um pouco. Se todos nós fossemos à missa, de um momento para o outro, não haveria espaço nos templos para acolher todos os fiéis, certo? Por isso teriam de alugar locais como os estádios de futebol e afins. Passaríamos a ter de pagar para entrar para cobrir o aluguer do espaço. Mas isso não é o que faz a Igreja Universal do Reino de Deus?
O problema do Vaticano é o mesmo de à 2000 anos para cá: a Evolução. A idade Média é que era bom onde controlavam a população europeia com a fogueira. E temos um bom exemplo de como seríamos se a Igreja tivesse mais poder em cada país: os Árabes. Queremos ser como eles? (Árabes) Claro que não, e quem disser sim que lhe seja retirada a televisão e o computador, !

quinta-feira, abril 06, 2006

Opinião

Este texto vem mais ou menos em resposta ao comentário da Martinha, no último post.Como estou um pouco mais por dentro destes assuntos que vocês, posso divagar aqui algumas desculpas que podem levar ao estado de certas casa antigas em Portugal.

Falando do caso que me é mais familiar, relacionado com as casas que são herdadas. Digo desde já que ter (muitas) casas não é bom. Tenho várias casas arrendadas na vila que foram obtidas por herança. Ás pessoas que lá viviam era cobrada uma renda ridícula para os padrões actuais. Não sei porque se deve, mas pouco eram actualizadas e chegou-se a este ponto. Isto acontece com muitos prédios antigos que vemos pelas cidades. As rendas são baixas e o senhorio não reúne o dinheiro necessário para fazer obras de manutenção. Por exemplo, (na vila) depois ficar desocupadas uma casa, tiveram de ser feitas obras no valor de €2500, pois o telhado metia água e foi posto em telhado novo. Ora se continuassem a ser cobradas rendas de €5, €10 ou €15, não se conseguiria reaver o dinheiro em tempo útil.
No meu caso quando uma casa antiga é desocupada, têm quase obrigatoriamente que ser feitas obras, pois nenhuma delas tinha uma casa de banho e por vezes água canalizada. Fazer obras é das coisas mais caras neste momento, e quando são novamente alugadas, as rendas são actualizadas para os níveis actuais. Podem andar à volta de €150 mensais ou mais, consoante o tamanho da casa. Mesmo assim façam contas a €150 por mês, em quantos meses estaria uma obra de €2500 paga.

Marta, na vila existem casas lindíssimas recuperadas e outras a cair. Geralmente as casas maiores são as que estão mais abandonadas. O preço para sua recuperação por parte dos proprietários é muito elevado, e o que acontece mais vezes é que este deixa de ter interesse na casa, ou em ir à vila. Chama-se a isto desertificação, apesar de que não é nada notado nesta região do Alentejo, antes pelo contrário.
Acontece por vezes também o proprietário da casa morrer e não ter herdeiros. Nestes casos não sei como se procede.

O caso de serem feitas obras que estraguem a parte visível da casa (frontaria) isso ocorre mais por parte de pessoas que residem todo o no nelas. Ou cobrirem a casa da azulejos de padrões de gosto duvidoso, pintar a casa de azul bebe (eu já vi uma pintada assim na vila), rodapés em mármore ou bocados de mármore pintados de preto nos intervalos, etc. Todas estas coisas descaracterizam a casa em relação ao contesto em que estão inseridas, e quando são muitas deixam de se notar tanto, apesar de não deixar de ser horrível.
De muitas justificações que se possa ter em relação a esta atitude, a minha diz que passar muito pela cultura das pessoas, o que gosto que têm pelo sítio onde vivem, e como encaram a vida. O dinheiro é também muito importante logo deve ser mais barato fazer deste modo. Poderá dizer-se que é a maneira de ser dos português, em querer ter sempre melhor e maior que o outro. Deixar as linhas antigas das casas é associado ao passado e ás poucas condições que as casas tinham em relação ás actuais. As pessoas devem pensar que é moderno fazer as coisas assim. Como se faz na cidade, sempre o exemplo a seguir.

Sublinho que a cultura e o respeito pelo próximo, e pelo que está à nossa volta tem o maior peso.
Bons exemplos são as aldeias histórias em que a autarquia local e as entidades competentes tiveram de ter mão de ferro para aguentar os residentes. É por isso que tenho Óbidos, Monsaraz, Monsanto, Marvão, Castelo Novo, Idenha-a-Velha, etc.

Sei que fui longo que estas coisas não se escrevem em ½ dúzias de linhas, mas poderia ter escrito muito mais.
fotos - algumas casas do largo onde está a minha casa; telhado antigo degradado.

quarta-feira, abril 05, 2006

o Antes e o Depois


Esta é a casa da minha família no Alentejo, numa terra chamada Vila Boim. Recentemente fizeram-se obras de restauro. O telhado já metia água por todos os lados, tentando com estas obras resolver problemas de humidade e isolamento. A cor da casa também mudou, porque quando a frontaria foi lavada a jacto de água com areia, para remover as inúmeras camadas de tinta, ficou-se a saber que a cor original da casa era o azul, talvez um pouco mais claro.

Disse o pintor que tradição no alto Alentejo era pintar as casas de amarelo, e no Baixo Alentejo de azul. Mas a tradição já não é o que era…
Mas resolvi voltar a este tom para dar mais nas vistas. E porque? (próximo paragrafo)

Sempre que se fazem obras numa casa, é preciso entregar na Câmara Municipal um projecto* de obras das mesmas. Como este tipo de coisas eleva tempo de dinheiro, obras deste tipo que não dão muito nas vistas (não se altera a estrutura do edifício), são feitas um pouco ilegalmente. Mas neste caso foi só recuperação, nada mais. Não deixar apodrecer e cair. Se não o fizer (projecto), e se os fiscais visitarem a obras pode-se pagar uma multa até 500. Não sei se vocês perceberam o número mas é, em termos de obras numa casa, RIDÍCULO. Porque na maior parte dos casos mais vale pagar a multa do se sujeitar as burocracias camarárias (acreditem em mim).
O largo onde está inserida esta casa tem uma igreja, logo é considerado protegido em termos arquitectónicos. Como as coisas estão em termos de multas e afins, leva a que muito ABORTOS surjam sem qualquer impunidade**, como é o caso da casa que está ao lado da minha (foto), que nada tem a ver com o Alentejo. Eu diria que 2/3 do largo está neste estado. Por isso, uma casa Alentejana tem que sobressair entre as demais, de modo a verem o que deveria ser o largo.

Mas nestas coisas há sempre um contra senso que dá tema de conversa. O pessoal que mora na vila é o principal responsável pela degradação do património. Sempre que arranjam as casas lá, deixam que ter alguma coisa a ver com o local. O pessoal de foram tenta respeitar o que encontra. Exemplo bom é a casa da direita (só se vê o rodapé amarelo nas fotos), que tem uma exemplar restauração. Lembro-me como aquilo estava, completamente degradado, e mm a cair, e como está agora.
Talvez tente explorar o tema nos meus próximos posts.

*isto pode implicar a que a contribuição autárquica suba, sem exagero, 200%.
**se para alterar profundamente a casa se paga pelas obras cerda de €20000, por exemplo, mais 500 menos 500 mais faz muitas diferenças.