quarta-feira, abril 19, 2006

Praia de Faro

Mais um belo exemplo que tenho para vos expor, e que ainda não percebi o objectivo. Esta foi uma passeira que construíram na praia de Faro para as pessoas se deslocarem por cima das dunas, e que veio substituir uma antiga que havia, feita de travessas do caminho-de-ferro, cortadas ao meio. Na 2° foto está o sítio da antiga passadeira, colocada nas traseiras das casas, quer aquelas que estão viradas para a ria quer para a costa.

Voltado atrás no tempo só para cultura geral, após o 25 de Abril, como aconteceu em muito sítios do país, as dunas encheram-se de casas ilegais. Na praia de Faro, existia uma situação particular. Até certo sitio, o terreno pertence à Câmara Municipal de Faro, a outra parte pertence ao domínio marítimo. Com as demolições de há mais de 10 anos, só parte das casas que eram de pescadores ficaram de pé. Na parte da câmara, onde se construíram os edifícios mais pesados e que fazem pior ás dunas, ficaram. Esta passadeira foi feita de modo a que as pessoas não circulem em cima das dunas, para a flora poder florescer, fixando-se assim melhor a areia das dunas. Passagens para a praia do lado do mar foram feitas.
Mas quando foi feito de novo, a passadeira elevada não foi construída por cima da outra, mas em f
rente das casas do lado da Ria. O problema é os pescadores que vivem na praia, não podem por as suas artes e os barcos ao pé de casa. Só vendo é que se percebe o problema. Outra coisa que aconteceu foi a necessidade de colocarem novos postes de iluminação e distribuição de electricidade. Com isto tudo, numa faixa de areia de 70 metros de largura existem três filas de postes (!). Dois de electricidade, um de telefone. Ora, eu só vejo uma situação parecida a esta nos típicos bairros degradados. Não era lógico que numa em plena reserva natural se minimiza-se a influência humana?

1 comentário:

Anónimo disse...

Isto realmente há cada engenheiro!!
Eu nao percebo porque é que as pessoas têm cabeça...
Beijocas