
Se ontem foi o dia em que fui mais guiado, hoje foi o dia que fui mais massacrado. Tudo começou quando cheguei a Segura. Pus o carro junto do Posto de Turismo, antigo Posto da Guarda-fiscal, que fica a 600m da fronteira. Nesta parte de Portugal, o Rio Erges delimita a fronteira (foto), sendo atravessado por uma velha ponte.
Utilizo um folheto de caminhada para fazer a chamada Rota das Minas. Desde 1857, e durante mais de um século, Segura foi um couto mineiro de importância regional, tendo-se explorado volfrâmio, estanho, chumbo, argentífero, barite, zinco, ouro e fosfatos. Por isso este percurso passa por várias minas e complexos de lavagens de minério. Penso que se bicicleta será mais interessante e rápido fazer o percurso e lá vou eu.

Esta é a parte mais radical do percurso porque o caminho entre muros es

Próximo destino, Penha Garcia. Prometia ser mais uma terra numa encosta, com um conjunto de moinhos de água ao longo do Rio Pônsul e mais uns fósseis pelo meio.

Foi a grande surpresa do dia, pelo enquadramento de tudo e a perfeita envolvência com a paisagem.
Estacionei no Largo Chão da Igreja, onde existe jardim com miradouro sob

tanque de guerra (!).
Seguindo as marcas de caminhada espalhadas pela vila, foi ter à Igreja Matriz, um dos pontos mais altos, depois do castelo. A partir daqui, a parte mais interessante desta vila é revelada a quem está de visita. No largo da igreja, à nossa esquerda o castelo e em frente, separado de nós por um varandim, um vale profundo, como que se tivesse sido escavado no monte, sem cerimónias, expondo todas as camadas de rocha que existem no seu interior. Lá em baixo moinhos de água recuperados, feitos de pedra de região dão com os seus telhados cor de tijolo, o toque final para aquela maravilha da natureza. Como um tesouro bem escondido do outro lado da encosta. Uns metros mais acima no Rio Pônsul, a Barragem de Penha Garcia, estrutu

A cada passo que dou, fico sem perceber porque nasci longe das montan

Pequenas casas feitas de granito para onde a ág

Depois de último moinho e aproveitando o local, fez-se uma piscina artif

Enquanto pensava que tudo tinha acabado, uma segunda dose com passagem obrigatória por dentro de uma casa e mais uns “bons dias” as gentes locais.

De volta à vila, perco-me como sempre pelas ruas que pararam no tempo. Vou sempre espreitando os cantos à procura de algo que fique bem na foto, ou por outras

Monsanto. Já tinha visitado uma vez, tendo sido a porta de entrada nesta região. Foi o ano passado que fiz uma visita relâmpago a estes lados, onde visitei também Idanha-a-Velha, passando pela Barragem de Idanha-a-Nova que me deu ideia de ficar lá a dormir, por ser um local muito agradável.
Monsanto é considerado a aldeia mais portuguesa de

Qualquer sítio da rua sem casa tem um vista difícil de descrever.
Pont


Uma última nota sobre o castelo, parece que não foi feito pelo homem, tal é o seu perfeito enquadramento com a natureza. Foi construído aproveitando grandes pedras já existentes, das quais nascem pa

Despedi-me de Monsanto com um “até para o ano”. O futuro o dirá.
Por ficar em caminho e por ainda ter tempo, mais um visita a Idanha-a-Velha. Terra bem arranjada e que se visita muito bem por ser praticamente plana. Rodeada de três lados pelo Rio Pônsul, possui uma ponte romana de quatro arcos, um deles em ogiva (!), e as chamadas poldras, como passagem sobre o rio. As poldras não são mais do que pedras alinhadas na perpendicular à margem, que dá para ir saltando até atingir o outro lado.
A imponente muralha em tempos protegeu as meias dúzia de ruas da vila. Este é o cartão de visita de Idanha-a-Velha.
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